Texto 3
Se na década de 1960 Gordon Moore constatou a velocidade de crescimento de transistores, na década de 1980 Buckminster Fuller observou que, em função da tecnologia, o conhecimento humano crescia em ritmo exponencial desde o início da nossa história. Em 1982, ele publica o livro em que apresenta a Curva de Duplicação do Conhecimento (Doubling Knowledge Curve) – analisando a partir do ano 1 da Era Cristã, o conhecimento demorou 1500 anos para dobrar; depois disso, precisou de apenas 250 anos para duplicar novamente; no início do século passado, o conhecimento dobrava a cada 100 anos; durante a Segunda Guerra Mundial, a cada 25 anos e, em 1982, Fuller estimou que o conhecimento duplicava a cada 18 meses. Em 2007, a IBM previu que até 2020 o conhecimento deveria dobrar a cada 11 horas, ou seja, duas vezes por dia. Esse é o cenário em que estamos imersos atualmente.
GABRIEL, M. Inteligência artificial: do zero ao metaverso. São Paulo: Atlas, 2022. (adaptado)
Texto 4
A automação ganhou uma fama imerecida de "exterminadora" de empregos. Devemos enxergar a automação pelo que ela é. Além do mais, a tecnologia não determina por completo a quantidade de vagas disponíveis no mercado de trabalho. A sociedade, se quiser, pode agir para gerar novos empregos - por meio de políticas fiscais, incentivos ao mercado de trabalho e regulamentação de determinadas indústrias. Somente quando percebermos o verdadeiro caráter da automação superaremos a tecnofobia ('automação é ruim') e a sensação de desesperança das gerações mais jovens ('não vamos ser necessários') que começam a assombrar o mundo.
CHANG, Ha- Joon. Economia: modo de comer: um economista voraz explica o mundo. 1ª edição. São Paulo: Portfólio- Penguin, 2025.
SEGUNDA ETAPA: Responder às questões a seguir:
Nenhuma tecnologia é neutra. Todas elas sempre afetam a humanidade em algum grau. O Texto 1 nos revela que a noção de desenvolvimento econômico está diretamente relacionada com a tecnologia. As inovações nos beneficiam de algumas formas e, de outras, nos prejudicam. Assim, um aspecto importante que deve ser considerado é que toda nova tecnologia traz consigo efeitos colaterais que, em geral, inicialmente: são desconsiderados em razão do deslumbramento sedutor que as novas possibilidades promovem ou causam medo, resistência e rejeição por trazerem o vislumbre de um futuro desconhecido. Nesse sentido é preciso refletir, sob a perspectiva econômica, que a tecnologia em si, é menos importante do que a forma como ela afeta o desenvolvimento socioeconomico. Diante disso vale o exercício da reflexão.