Texto 2
O desenvolvimento de novas tecnologias tornou-se fundamental para o desenvolvimento econômico e reforçou a vantagem de alguns países sobre outros. Quanto mais complexa a tecnologia desenvolvida, mais elaborado e caro era o processo de invenção ou descoberta. O ‘país desenvolvido’ típico tinha mais de mil cientistas e engenheiros para cada milhão de habitantes na década de 1970, mas o Brasil tinha cerca de 250, a Índia 130, o Paquistão uns sessenta, o Quênia e a Nigéria cerca de trinta.
HOBSBAWM, Eric. Era dos extremos: o breve século XX. São Paulo: Cia das Letras, 1995, p. 261. Adaptado
Texto 3
Se na década de 1960 Gordon Moore constatou a velocidade de crescimento de transistores, na década de 1980 Buckminster Fuller observou que, em função da tecnologia, o conhecimento humano crescia em ritmo exponencial desde o início da nossa história. Em 1982, ele publica o livro em que apresenta a Curva de Duplicação do Conhecimento (Doubling Knowledge Curve) – analisando a partir do ano 1 da Era Cristã, o conhecimento demorou 1500 anos para dobrar; depois disso, precisou de apenas 250 anos para duplicar novamente; no início do século passado, o conhecimento dobrava a cada 100 anos; durante a Segunda Guerra Mundial, a cada 25 anos e, em 1982, Fuller estimou que o conhecimento duplicava a cada 18 meses. Em 2007, a IBM previu que até 2020 o conhecimento deveria dobrar a cada 11 horas, ou seja, duas vezes por dia. Esse é o cenário em que estamos imersos atualmente.
GABRIEL, M. Inteligência artificial: do zero ao metaverso. São Paulo: Atlas, 2022. (adaptado)