A comunicação é um recurso importante para o desenvolvimento infantil, pois por meio dela as crianças adquirem habilidades comunicativas e relacionam-se com outras pessoas. Segundo Lamônica (2004), a comunicação é um meio de interação entre os seres humanos necessário para a sobrevivência. Moreira e Fabri (2007) colocam que durante o desenvolvimento infantil o processo de organização das habilidades sociais leva a criança a ter de utilizar a comunicação não somente como resposta a necessidades básicas como fome ou sede, mas também ao desejo de expressar o sentir, o querer ou não querer. Portanto, abre efetivamente caminhos de interação com o mundo.
Para melhor compreensão, Manzini et al. 2013, lembra que a ausência de fala não significa que não haja linguagem nem que a pessoa esteja fora da língua e do discurso. O sujeito pode não falar, isto é, estar impossibilitado de usar a fala articulada, porém está atravessado pela linguagem.
A intervenção da terapia ocupacional é potencializada quando ela atua com a criança em seus diferentes contextos de desenvolvimento humano na promoção do engajamento ocupacional (Manzini & Martinez, 2019a; Manzini et al., 2019b). O engajamento ocupacional de crianças com paralisa cerebral que apresentam distúrbios graves na esfera da comunicação pode ser favorecido pela utilização de recursos de “Comunicação Suplementar e/ou Alternativa” (CSA) (Manzini, 2017; Manzini et al., 2017).
Considerando as informações acima descritas por autores renomados e lembrando que O Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (COFFITO), em sua Resolução nº 458, de 20 de novembro de 2015, dispõe do papel da terapia ocupacional no contexto das Tecnologias Assistivas. De acordo com a resolução, o profissional terapeuta ocupacional é competente para avaliar as potencialidades, as dificuldades e as necessidades do indivíduo para a utilização de produtos, recursos e metodologias, as estratégias, as práticas e os serviços de TA.